terça-feira, 15 de março de 2011

O Carnaval e a Administração

Encontra-se disponível para consulta na nossa biblioteca a edição Nº 80 da Revista Brasileira de Administração – RBA que tem como matéria de capa o CARNAVAL CARIOCA.



 “Os carros alegóricos ganham estruturas mais leves e resistentes, com efeitos de sonorização e iluminação que encantam o público, graças a softwares sofisticados e computadores de última geração. O grandioso evento que é o carnaval carioca pode ser medido pela expressiva transformação pela qual passaram as Escolas de Samba nas duas últimas décadas. Elas evoluíram o suficiente para enfrentar uma empreitada que a cada ano exige mais profissionais especializados, mais recursos financeiros e muito mais criatividade. Estão em jogo na avenida, além dos orçamentos milionários, um mais que expressivo contingente de profissionais e toda a história da própria escola, zelosa de seu passado. Tudo isso torna necessário a aplicação de um modelo de administração eficiente e ousado, capaz de mover rápida, mas equilibradamente, esta máquina e alcançar o resultado almejado: a apoteose do Sambódromo. Para entrar, ou não sair, do Grupo Especial, topo da hierarquia carnavalesca dos desfiles das Escolas de Samba no Rio de Janeiro, uma imensa equipe de profissionais do carnaval, auxiliados por um pequeno exército de integrantes e passistas das escolas e voluntários, trabalha pesado ao longo de todo o ano, perseguindo a perfeição a ser apresentada no momento de entrar na Marquês de Sapucaí. O orçamento para garantir o brilho na passarela e a consagração como campeã tem várias fontes. São recursos de instituições públicas e privadas, subvenções e patrocínios, vendas de camisetas, fantasias, participação em shows, e da mídia, principalmente a televisão. A venda de ingressos para os ensaios realizados nas quadras garante 30% das despesas de produção do desfile, que podem atingir de R$ 4 a R$ 5 milhões. Este crescimento vertiginoso das escolas de samba cariocas revelou um processo de transformação às vezes radical. A estrutura ganhou contornos profissionais, necessários para se administrar recursos financeiros, humanos e materiais cada vez maiores. Serão as escolas atualmente um ‘produto’ sólido no setor da indústria cultural brasileira? Parece que sim.”

Carnaval carioca: diversão e arte na Sapucaí
Por Tânia Mendes